quarta-feira, 22 de julho de 2009

Sindicato da Poesia fala Garcia Lorca


O Sindicato de Poesia apresenta no dia 27 de Julho o Rascunho #7:
“Lorca que te quiero Lorca”, às 21h45, na Velha-a-Branca, Largo da
Sra.-a-Branca, 23, Braga. Poemas de Federico García Lorca, ditos por
Ana Arqueiro, Ana Gabriela Macedo, Ana Rei, António Durães, Arlindo
Fagundes, Armanda Queiroz, Carlos Silva, Fernando Duarte, Francisca
Vasconcelos, Gaspar Machado, Irene Brito, Luís Barbosa, Luís Barroso,
Luísa Fontoura, Manuela Martinez, Marta Catarino e Paulo Pereira.
Ainda com Sara Amorim, com coordenação de António e Durães e Marta
Catarino.

Este recital insere-se na iniciativa Doze Meses Menos Um: rascunhos. O
Menos Um é Agosto, pelo que nos voltaremos a ver em Setembro.

«Federico García
hasta ayer se llamó: polvo se llama.
Ayer tuvo un espacio bajo el día
que hoy el hoyo le da bajo la grama.
Tanto fue! ¡Tanto fuiste y ya no eres!
Tu agitada alegría
que agitaba columnas y alfileres,
de tus dientes arrancas y sacudes,
y ya te pones triste, y sólo quieres
ya al paraíso de los ataúdes.»

in Elegia a la Muerte de García Lorca, Miguel Hernández.

Não, não é nenhuma efeméride. Efeméride seria a chegada do Homem à
Lua, mas não tinha Lorca chegado antes? Por el cielo va la luna con un
niño de la mano…

A poesia, o drama e a prosa de Garcia Lorca alimentam-se de obsessões.
O Sindicato, que é obcecado por Poesia, apropria-se de alguns poemas
do escritor Granadino, que nunca pertenceu a partido algum e foi por
isso assassinado, para transmitir algumas impressões da sua obra:
extractos de Romancero Gitano, Llanto por Ignacio Sánchez Mejías,
Diván del Tamarit, e Poeta en Nueva York procuram caminhos numa noite
de Verão, em direcção ao seu universo tão particular. Porquê esta
selecção? Porque é a nossa preferida.

As imagens sombrias e inquietantes, de um mundo mitológico movido por
forças indefiníveis, que povoam esta obra, assumem aqui um lado mais
lúdico: é Verão, o calor tanto mata os toureiros como enlouquece os
amantes, mas teremos sempre Cuba. E ressoarão os acordes de Lorca, na
Andaluzia e em Braga.

Sindicato de Poesia

Sem comentários: