sexta-feira, 12 de março de 2010

O “Nós” Holográfico




Foto: João Catalão

E se Deus for a inteligência suprema de todas as coisas, uma energia universal cósmica, a primeira de todas as coisas, causa de todas as causas, principio do principio de tudo e se tratar de um holograma?
Isto remete a minha imagem para o pensamento “visto”, para aquela particular “faculdade” à qual se refere qualquer e toda religião assim como todos os movimentos espiritualistas quando abordam Deus, a de que Ele reúne o todo numa só parte, por mais pequena porção que seja, quer se trate de uma pessoa, quer se trate do ar. “Deus está em toda a parte”, ouve-se da boca de párocos, mentores e mestres espirituais. E se Deus for apenas uma parte de um gigantesco holograma cósmico?
Um holograma consegue ser e estar ele “todo” em qualquer parte, por mais ínfima que ela o seja. Sendo esse um dos princípios e faculdades do holograma, então e que tal se Deus – dizem – está em toda a parte e se o seu “todo” é capaz de estar reunido numa só parte, reunindo o “todo” numa só parte por mais pequena que ela seja, será Deus um holograma? E se Deus é um holograma será que o ser humano “feito à sua semelhança” – como nos quer fazer crer a Igreja Católica ao longo de séculos – é também ele um holograma? A imagem está aqui, bem real na mente holográfica, conquistando essa suposição para algo tão verdadeiro e concreto quanto eu estar aqui a escrever este texto e ao mesmo tempo o leitor estar a ser manipulado por um registo holográfico da visão. Truque? Não. No todo de cada ser humano há um raciocínio holográfico, incluindo a mente. E isto porque todo o organismo humano é um receptor de frequência de ondas. A visão funciona como um tipo de analisador de frequência. E esses movimentos estão armazenados no cérebro. Logo, se extrai uma nova conclusão: o cérebro é holográfico e assim o corpo humano age holográficamente. Somos o “nós” holográfico!

Escrito em: Braga, 24 de Novembro de 2009
Autor: Dalila Monteiro

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