Confesso, o blog do meu caro Pedro Morgado consegue dizer e mostrar coisas que, não muito raras vezes, caem num suposto silêncio macaco! Desta vez, a Avenida correlaciona suspostas "gafes" de um ministro, Augusto Santos Silva, àquilo que muitas vezes ouvi em rumor e boatos. Ora, a estória resume-se fácilmente. Segundo a edição on-line da Revista Visão, o Ministro que por acaso até tem boas relações, mais não sejam partidárias, com o caldo socialista da cidade de Braga terá recusado comentar, a propósito da limitação de posse órgãos de comunicação social por parte de poderes públicos, como as câmaras municipais, a "consequência directa deste diploma", do qual, "se for aprovado na Assembleia da República, o Governo Regional da Madeira terá de abdicar da propriedade do Jornal da Madeira e a Câmara Municipal de Braga do Jornal do Minho." Numa primeira leitura até parece que a boca terá surgido do Ministro Augusto Santos Silva e que mais parece uma brincadeira, pois, sabe-se em Braga que o Jornal Correio do Minho já pertenceu à autarquia, na altura como agora, tutelada pelo socialista Mesquita Machado. Contudo, o Jornal foi vendido a particulares, actualmente fazendo parte de uma "suposta" sociedade anónima ou coisa do género. Das duas uma: se de facto a "gaffe" surgiu do Ministro parece-me então que, uma vez sendo ele socialista e amigo do socialista M.M., estamos perante um daqueles "lapsos" em que a "boca foge para a verdade", ou então, a "gaffe" parte do jornalista que, uma vez estando ausente e não sendo ele conhecedor da realidade de Braga, literalmente meteu a pata na poça. Contudo, apraz-me referir que, seja qual for o autor da "gaffe", será sempre de bom tom deixar claro a separação do poder político do poder jornalistico. É dos livros e da escola da vida - sobretudo da escola partidária - que o dominio de órgãos de comunicação, nacionais ou locais, é sempre um doce bastante apetecível. Isso sabem-no os políticos e não adianta tentar silenciar esta verdade!!! Chamo-lhe a isso um "sintoma" da doença "poder"!!!! "O acesso a meios de poder aumenta as probabilidades da sua utilização" e mais, "quanto mais o poder é utilizado, mais o seu detentor tem tendência para acreditar que controla as acções dos seus subordinados", escreve Gustave-Nicolas Fischer. Pois, como já dizia Lord Acton: "O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente". Assim, quanto mais alguém tem poder, mais o procura; quanto mais tem, mais ele o corrompe.
Para bom entendor, meia palavra basta!
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1 comentário:
É bom ver-te em grande forma, como demonstra este texto.
Força, amiga :-D
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